domingo, 18 de novembro de 2012

Auditório

Um auditório com um público normal
Com um foco de luz sem igual

Um palco grande e alto com uma escada
Onde se escuda barulho de uma passada

Surge uma mulher que vai até o foco de luz com um microfone e um papel
Ela lê um nome e a comemoração vem
Um membro da platéia sai a seu encontro e a cumprimenta com um abraço
E vai embora com as mãos apertadas como um laço

Novamente a cena se repete e vem outra comemoração
Dessa vez com um beijo que demonstrava infinita paixão
E logo se deram as mãos
Lá se foi mais um coração

O ato se repetia sem parar
Até que a plateia começou a esvaziar
Seguido e seguido, homem a homem
E minha vez parecia chegar

Em um momento, sobram eu e outro
Quando uma mulher chama o candidato de ouro
E lá se foi mais um coração
Porem, fiquei na solidão

Olho para o auditório e o silencio me faz companhia
Aproveito e me esparramo em alguns bancos para pensar
Se o "vento" que vive aqui falasse, o que ele me falaria?
Continuar? Ir embora? Desistir? Chorar? Esperar?

Perguntas aos vento, silencio, as cadeiras, a luz e ao palco não faltam
Mas na realidade, só existe uma pergunta que eu gostaria de responder
"Quando será que meu amor vai aparecer?"
Gostaria que ela aparecesse logo e soubesse que estou precisando dela

...

Por: Giovani Briet



Nenhum comentário:

Postar um comentário